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Brasil figura entre os cinco principais países em criptomoedas

O Brasil tem se destacado no cenário de criptomoedas, ocupando o 5º lugar no Índice Global de Adoção de Criptomoedas 2025, segundo a Chainalysis. Essa pesquisa é um termômetro do uso de criptoativos e revela que o país se posiciona logo atrás de potências como a Índia, os Estados Unidos, o Paquistão e o Vietnã.

Esse crescimento se deve a um aumento expressivo nas transações, tanto em plataformas centralizadas quanto nas finanças descentralizadas, além da entrada significativa de investidores institucionais. Isso mostra que o Brasil não é só um ponto de atividade intensa, mas também um centro inovador na América Latina para o uso de criptomoedas.

O índice que avalia essa adoção global considera quatro aspectos principais: o valor recebido em serviços centralizados, as transações de varejo, as operações em DeFi e as movimentações institucionais. Para garantir que os dados sejam relevantes, eles são ajustados com base no PIB per capita, proporcionando uma visão mais fiel da realidade econômica de cada país.

Novidades na metodologia em 2025 incluem a atualização dos critérios de avaliação, como a inclusão de um novo indicador que mede a atividade institucional. Essa mudança reflete a presença de grandes investidores e a popularização dos ETFs de Bitcoin e outras claras regulamentações em mercados mais desenvolvidos.

Brasil cresce em adoção de criptomoedas

O Brasil se destaca pela equidade entre os diferentes indicadores do índice, aparecendo consistentemente em 5ª posição em cada um deles. Isso indica que a adoção de criptomoedas no país não se resume apenas a investidores institucionais ou usuários ocasionais, mas está distribuída entre diversas partes da população.

O cenário global revela que a Índia permanece no topo, aproveitando-se do uso excessivo de criptoativos para transferências internacionais e a popularidade das plataformas DeFi. Os Estados Unidos, por sua vez, ocupam a segunda posição, em grande parte devido ao suporte institucional gerado pela aprovação dos ETFs de Bitcoin. O Paquistão e o Vietnã demonstram intensa atividade de pequenos investidores, que buscam alternativas financeiras acessíveis, enquanto o Brasil se insere nesse contexto, superando países tradicionalmente mais avançados como Nigéria, Indonésia e Ucrânia.

A força do mercado brasileiro é perceptível, com crescimento em volume absoluto e proporcional ao poder de compra da população.

Crescimento regional e tendências

O relatório também informa que a região Ásia-Pacífico é a líder em crescimento global, com um aumento de 69% nas transações em um único ano. A América Latina, por sua vez, cresce a passos largos, impulsionada principalmente pelo Brasil, Argentina e Venezuela, com um avanço de 63%. Esses dados confirmam a crescente importância do sul global no universo das criptomoedas.

Diferentemente, a América do Norte e a Europa têm apresentado um crescimento mais lento, mas com volumes financeiros significativamente maiores. Na Europa, o volume movimentado ultrapassa os US$ 2,6 trilhões no mesmo período. A América do Norte segue de perto, com US$ 2,2 trilhões. Mesmo que o crescimento percentual nestas regiões não seja tão expressivo, as quantias envolvidas mostram que os mercados desenvolvidos ainda dominam.

Uma observação interessante do relatório é o papel dos stablecoins, que se firmaram como fundamentais para as transações internacionais. O Tether (USDT) continua a liderar com mais de US$ 1 trilhão processado mensalmente, enquanto o USDC já atingiu picos de US$ 3,2 trilhões em determinados meses. Com o surgimento de novas moedas digitais reguladas, como EURC e PYUSD, o cenário continua a se diversificar, especialmente na Europa.

Adoção no Brasil

A integração das criptomoedas nas diversas camadas da sociedade brasileira tem sido notável. O relatório destaca que, enquanto investidores institucionais estão se fazendo mais presentes, usuários comuns estão utilizando as criptos como forma de proteger seu patrimônio, facilitar remessas e diversificar investimentos.

Esse equilíbrio entre os diferentes tipos de investidores é o que contribui para o bom desempenho do Brasil em todos os aspectos do índice. O país não apenas movimenta quantias significativas em exchanges centralizadas, mas também se adapta rapidamente às soluções de DeFi e aos pagamentos feitos com stablecoins.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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